quinta-feira, 29 de outubro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Uma Manuela nostálgica

Ah! Essa razão que não me permite concretizar as loucuras que almeja o meu coração.
Se perdesse a vergonha um dia, apenas um dia... Acho que cometeria as maiores loucuras que alguém pode imaginar.
Pegaria um avião e desapareceria do mapa, teria a coragem de ser mãe sem planejar, falaria com pessoas que não ouso falar, declararia coisas que provavelmente morrerei sem declarar...
Pena viver presa no cativeiro da minha mente.
Espero sinceramente que a minha escolha não vá me fazer sofrer, mas ando um bocado assustada.
Medo de perder a minha existência, de sentir que não vivi tudo o que gostaria de viver.
São quase 30 anos de vida e as coisas que fiz não ultrapassam uma estrofe enquanto que as que abandonei ou abri mão, formam uma poesia inteira.


“O diabo da vida é que entre 100 caminhos a gente tem que escolher apenas um e viver com a nostalgia dos outros 99”. (Guimarães Rosa)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Segunda-feira tristonha

Chorei muito com o fim do livro ontem à noite. E quem poderia imaginar que eu seria capaz de me transformar numa criatura tão sensível de vez em quando? Logo eu, esse rolo compressor com vida.
Uma Manuela aborrecida numa segunda-feira tristonha resolve publicar um texto de Chaplin que foi quem mais soube camuflar a dor e transformar as piores tragédias nas melhores comédias.

"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas vezes menos.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!"
(Charles Chaplin)

BOA SEMANA A TODOS

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lembranças

Estou lendo o livro Marley e EU e me identificando muito com o contexto, mas, além disso, estou me identificando com a necessidade do autor de expor a sua experiência de uma forma tão agradável e tão amável.
Tenho momentos para contar, talvez escreva um dia... Talvez.
Acho a minha vida interessante, com histórias incríveis de novela mesmo.
Mas acredito ser cedo para contar, sou nova e sinto que as coisas ainda vão mexer muito.
Quero ter calma para escrever, quero contar tudo com muito carinho e bom humor.
É a minha vida!
Quero contar as minhas aflições, os medos que senti, os amores que tive, os foras que levei, o que aprendi com os amigos, os erros que cometi, as faltas como filha, as grandes conquistas, os momentos inesquecíveis, os fracassos...
A minha vida é incrivelmente rica, artisticamente convidativa e eu consigo manter tudo em sigilo, não costumo afogar mágoas nem me expor.
Acho tudo tão interessante que prefiro não comentar nem com a melhor amiga.
Escreverei velhinha, a ótica de um idoso deve atenuar a ira e dar um ar mais sábio às conclusões.
Quero respeitar a todos que passaram por mim e que me alimentaram emocionalmente de uma forma ou de outra.
Também não citarei nomes para evitar processos no fim da vida. ;)
Bjs
Manu

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Só se vê bem com o coração...

Não era pra ser assim?
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
Não conheço ninguém responsável pelo que cativou, ninguém.
Todos são amáveis e responsáveis até a primeira adversidade, até a criatura cativada mostrar que pode caminhar com passos distintos, diferentes dos seus.
Após a primeira crise os elos são esmigalhados.
Basta uma parte ser diferente por alguns minutos e o tempo perdido na conquista não é mais tão importante.

As crianças são severamente taxadas, o cães entregues à adoção, os velhos vão para os abrigos, os jovens caminham sozinhos, os amores tornam-se rancores e a vida se transforma em pura amargura.
Difícil amar os difíceis
Fácil amar os dóceis, muito fácil.

P.S: Susto no acidente com o carro, tinha vidro por toda parte do corpo, mas ficamos bem. Graças a Deus.
Amor, te amo!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A verdade nua e crua, dói.

Como é difícil amar incondicionalmente e ter esse sentimento posto à prova a todo o momento.
As pessoas costumam julgar com base nas próprias convicções.
Empunham seus “achômetros” e saem ferindo a todos que andam com passos diferentes dos seus.
É difícil assumir a posição de alguém.
Fácil e confortável é apontar e criticar.
Meu amor não está atrelado a nada nem a ninguém, amo quem me marca de verdade, quem me ensina algo útil e principalmente, quem me ama. Até o momento dela não me amar mais ou me magoar... Sou assim.

Posso não amar quase ninguém, mas o que sinto pelos poucos que amo é tão grande e forte que escorre pelos meus poros.
Não preciso chorar pra demonstrar alguma coisa, aliás, acho o choro um ato cínico, normalmente se chora para conseguir algo.
Na minha casa foi assim... Quem não chora e não pede, quem não grita, não esperneia, não dissimula, não esmurra, quem cala e encara, cresce ouvindo que não é “flor que se cheire”.
Quem chora, esmurra, esperneia, não assume culpas... Tem bom coração, sabe perdoar, é amável e tem sentimento.
Aprendi em casa a chorar quando sinto dor e que às vezes devo engolir o choro pra não apanhar (doer) mais.
Tive muito, nasci numa maternidade particular, tive um enxoval belíssimo (como sempre ouço), escolas particulares, um curso de engenharia trancado no 7º período (particular também), cadeiras perdidas neste mesmo curso (mas como não choro, não quebro e não grito, foi falta de vergonha ou vagabundagem e não tristeza ou alguma depressão), alimento e roupas, sou grata por tudo isso.

Sou grata também pelas 2 vezes que fui posta para fora de casa e voltei, não tinha para onde ir e ainda não tenho, pelas brigas que perdi (3 contra 1), pelas bicicletas de segunda mão (sou a caçula), pela agenda eletrônica roubada, pelos arquivos sempre deletados, pela proibição do carro, pelos computadores que não tive “é bonito ver o meu irmão desmontando um PC”, pela caminhada a pé dentro da favela, na rua escura, pelas noites de sono no calor, pelo aniversário que seria comemorado dependendo de alguém, pelo humor da casa alterando de acordo com o humor de alguém, pelo dedo polegar deslocado “ele ainda vai quebrar seus dentes com um murro”.

Meus dentes não foram quebrados, mas a minha pele engrossou.
Como é bom descobrir que posso ser feliz sozinha, como é bom descobrir que não dependo emocionalmente de ninguém. Como é bom saber que até os meus amores se afastarão de mim e tudo vai ficar bem, mesmo assim.

Aos novos loucos lembro que a vida é difícil e cruel, vocês serão julgados, terão poucos amigos, suas atitudes serão vistas negativamente, você será mentiroso e falso sempre e raramente alguém sairá em sua defesa.

Alguns afundam e emergem sozinhos, outros afundam e não emergem nunca e tem também os que flutuam lindos em bóias velhas que podem estourar a qualquer momento e ai, vem a famosa pergunta idiota "O que vai ser da minha vida sem...?"
Eu fico com a primeira, fé em Deus, força e direção no leme.
Quietinha sem incomodar e engolindo o meu choro vou conseguindo aos poucos.
A família mete medo.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Susto

Após o susto, ainda com fantasmas da violência no ar e imagino que agora durante muito tempo...