quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Inconformismo insuportável.

Pecado ou não, não posso mentir.
Deus sabe que continuo querendo sempre mais do que vem nos milagres... Infelizmente.

"Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz
Deixei a fatia mais doce da vida
Na mesa dos homens de vida vazia
Mas, vida, ali, quem sabe, eu fui feliz

Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz
Verti minha vida nos cantos, na pia
Na casa dos homens de vida vadia
Mas, vida, ali, quem sabe, eu fui feliz

Luz, quero luz Sei que além das cortinas são palcos azuis
E infinitas cortinas com palcos atrás
Arranca, vida Estufa, veia E pulsa, pulsa, pulsa, Pulsa, pulsa mais

Mais, quero mais Nem que todos os barcos recolham ao cais
Que os faróis da costeira me lancem sinais
Arranca, vida Estufa, vela Me leva, leva longe, Longe, leva mais

Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz
Toquei na ferida, nos nervos, nos fios
Nos olhos dos homens de olhos sombrios
Mas, vida, ali, eu sei que fui feliz

Luz, quero luz Sei que além das cortinas são palcos azuis
E infinitas cortinas com palcos atrás
Arranca, vida Estufa, veia E pulsa, pulsa, pulsa, Pulsa, pulsa mais

Mais, quero mais Nem que todos os barcos recolham ao cais
Que os faróis da costeira me lancem sinais
Arranca, vida Estufa, vela Me leva, leva longe, Longe, leva mais

Vida, minha vida Olha o que é que eu fiz..."
(Chico Buarque)

Nenhum comentário: